Para análise e reflexão: A Era ecologicamente correto

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Jornal de Comunidade
Estou encaminhando para sua análise e reflexão.

A Era do ecologicamente correto


Os novos tempos exigem mudança de postura e afirmação por um mundo sustentável
zelima@matrix.com.br  Redação Jornal da Comunidade

Atualmente, as empresas estão cada vez mais preocupadas em mostrar uma postura ecologicamente correta
O ano novo está chegando e com tudo mudado. O Brasil vai ficar muito mais feminino, com certeza. E até o clima está sendo pautado pelo fenômeno La Niña. Essas mudanças vêm acompanhadas de uma nova mentalidade, que domina o comportamento humano e deverá pautar a vida na Terra daqui para frente. Estamos na era do “ecologicamente correto”. E não há mais volta.


Os tempos de consumismo desenfreado, sem limites, ficaram definitivamente para trás. O novo comportamento impõe uma postura equilibrada, inteligente e de respeito ao planeta. Tudo o que se faz e que se consome leva em conta a preservação dos recursos naturais, a economia de energia, o consumo de água no processo de produção, a distribuição e até o descarte pós-consumo.
Hoje, qualquer artigo começa a trazer no rótulo informações de sua natureza ambientalmente correta. A preocupação principal é que qualquer produto seja não-tóxico, não-poluente, reciclável, especialmente benéfico ao meio ambiente e à saúde, e que contribua para o desenvolvimento de um modelo econômico e social sustentável.


E para se chegar à classificação de produto ecologicamente correto é preciso adotar algumas práticas: uso de matérias primas naturais renováveis, obtidas de maneira sustentável; reaproveitamento e reciclagem de matérias primas sintéticas por processos tecnológicos limpos; menor consumo de matérias primas e maior índice de conteúdo reciclável para que os materiais possam ser reaproveitados.


Ficha de verificação
Há muito mais detalhes nesse processo que vai desde o projeto à fabricação, transporte, instalação, utilização e gestão de resíduos. A engenheira ambiental Nathalie Gaioti, no artigo Marketing Ambiental – Produtos Ecologicamente Corretos, propõe uma ficha de verificação ambiental, na qual lista os principais pontos que favorecem a competitividade e as vantagens de uma empresa em relação a outra, dentro de um mesmo segmento comercial.


Em seu desenho da produção ecologicamente correta, ela aponta a contaminação do ar (não deve haver emissões aéreas), a contaminação da água (não há afluentes líquidos), os resíduos sólidos (devem ser biodegradáveis), as matérias primas (com recursos renováveis), o produto (reciclável), a utilidade (somente consome recursos renováveis) e as embalagens (devem utilizar materiais biodegradáveis e recicláveis).

Alguns exemplos clássicos do uso de materiais ecologicamente corretos

Na construção civil, a captação de água da chuva é, hoje, quase um item obrigatório nos projetos residenciais. Tintas ecológicas também estão cada vez mais comuns. Materiais de demolição, tijolos ecológicos, madeiras certificadas são outros itens de uso importantes. Vasos sanitários que economizam 80% de água no momento da descarga.

Cestos de coleta de lixo feitos com tubos de pasta de dentes e cartelas de comprimidos, máquina para reciclagem de latas de cerveja e refrigerantes, gotejador caseiro para rega de plantas são outros itens, entre milhares.

Até nas compras de final de ano a lista de produtos ecologicamente corretos entra na pauta dos sites de consumo, que fazem recomendações desde a escolha do local onde comprar até a embalagem que será utilizada.

Hoje é possível se vestir da cabeça aos pés com produtos ecologicamente corretos. Uma camiseta confeccionada com tecido de malha PET, feito a partir das garrafas plásticas recicladas, bolsas, chaveiros, carteiras feitos a mão; biquínis e cangas confeccionados em costura artesanal, fuxico, bordados e patchwork constituem modelos de preservação da natureza.
O Espaço Greenpeace relaciona produtos de empresas licenciadas e artesanatos ecologicamente corretos como bijuterias feitas com sementes e revistas, produtos têxteis confeccionados com algodão cru como camisetas, bonés, bermudas e vestidos, entre outros0. A editora Companhia das Letras está lançando o primeiro livro no Brasil com certificação florestal: As intermitências da morte, de José Saramago.

E que tal uma nécessaire, criada pela Terra Cycle com a embalagem de Sufles, a batata chips mais conhecida dos brasileiros? No vitrine MSN (http://vitrinemsn.com.br/) há uma série de presentes ecologicamente corretos e sugestivos que ilustram a preocupação sempre crescente com a preservação ambiental.

Até computadores podem ser incluídos hoje na lista de produtos ecologicamente corretos. É o caso, por exemplo, do Enano, que produz menos calor e consome apenas 20 a 25 w de energia, bem menos que um desktop comum. Na linha da informática ainda tem o teclado Slim Star 820, lançado pela Genius, que funciona com energia solar armazenada em uma bateria, e inclui também um mouse sem fio.

Já os pesquisadores da Universidade de Warwick, na Inglaterra, criaram o primeiro celular ecológico e biodegradável, que se transforma em flor se for plantado. Para a universidade, a invenção poderá resolver, inclusive, a questão da reciclagem dos celulares. O celular, criado em parceria com uma empresa de alta tecnologia britânica e com a Motorola, é fabricado a partir de polímeros biodegradáveis que se transformam em pó quando enterrados. Para virar flor, cada aparelho vem com uma semente, que só irá germinar quando o telefone for reciclado, ou melhor, plantado.


http://www.eset.com/